A CONFIGURAÇÃO DA PAISAGEM EM ÁREAS VERDES URBANAS E A PRÁTICA DO COMÉRCIO (IN) FORMAL NO MUNICÍPIO DE NAMPULA
Resumo
O trabalho apresenta elementos reflexivos sobre as profundas alterações do espaço nas áreas verdes da cidade de Nampula em função do comercio. Argumenta como as áreas verdes urbanas construídas para funções ecológicas, estéticas e até psíquicas, socialmente produzidas passam a ser locais de consumo exacerbado e, ao mesmo tempo, o meio onde se realiza o comercio informal de natureza formal. O objetivo analisar a configuração da paisagem das áreas verdes urbanas da cidade de Nampula, tendo em conta a pratica comércio (in) formal como forma de perceber a sua dinâmica espacial. Deste modo, descreve-se o uso e “apropriação” das áreas verdes urbanas, mais concretamente os jardins públicos e os Canteiros Centrais de Avenidas, pois, nesses tipos de áreas verifica-se a prática desta atividade comercial com maior intensidade que criam e recriam outras
formas e funções ao processo de (re) produção do espaço nas áreas verdes urbanas da cidade de Nampula. Realizou-se uma análise a partir de revisão da bibliografia como forma de compreender a acepção conceitual e a posterior analisar a dinâmica do comércio “informal” praticado nestas áreas, partindo da forma como se dá e a espacialidade que ela (re) produz. Os resultados indicam que as áreas verdes da cidade de Nampula, transformaram-se em locais de pratica de comercio formal que
é praticado a partir de bancas fixas sujeitados ao pagamento de obrigações fiscais e o informal, praticado pelos vendedores ambulantes móveis.